sábado, 1 de agosto de 2009

guavira

INTRODUÇÃO

A guavira é uma árvore silvestre da família das Mirtáceas (a mesma da goiaba ’’goiabeira’’, da jabuticaba ‘’jabuticabeira’’ e da pitanga’’pitangueira’’), gênero botânico Campomanesia, que cresce nos campos e também em pastagens. Existem muitas espécies de plantas diferentes que recebem o nome de guavira, algumas atingindo o porte de árvores. Em Mato Grosso do Sul temos as espécies Campomanesia adamantinum e Campomanesia pubescens.

O fruto, um dos mais característicos do nosso Cerrado, já foi devidamente homenageado pela musica “Flor da Guavira”. A guavira floresce entre os meses de setembro e novembro e frutifica nos meses de novembro e dezembro

ORIGEM

Nativa do Brasil, especialmente do Cerrado das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Disseminou-se para outros países da América do Sul, sendo bastante encontrada na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Por sua copa vistosa o pé de guavira, é comumente usada em projetos de paisagismo como árvore ornamental.

PROPRIEDADES E UTILIZAÇÃO

» Composição Química: proteínas, carboidratos, niacina, sais minerais (ferro, fósforo, cálcio), vitaminas do complexo B e vitamina C.
» Partes Usadas: Frutos, folhas e brotos.
» Propriedades Medicinais: adstringente e antidiarréica. A infusão das folhas é relaxante para aliviar dores musculares, através de banhos de imersão.
» Usos na culinária: os frutos são consumidos in natura e usados no preparo de geléias, sucos, doces, sorvetes, pudins, licores, batidas ou curtidas na cachaça.

CULTIVO E CONSERVAÇÃO
Cresce em clima tropical quente, com baixo índice pluviométrico. A exposição solar para o cultivo deve ser plena. A propagação se dá através de sementes, que perdem rapidamente o poder germinativo, por isso devem ser semeadas logo após a sua extração dos frutos. Pode ser cultivada em canteiros. Não é exigente quanto ao solo, crescendo inclusive em terrenos pobres. A necessidade de água é moderada. Os frutos podem ser conservados em sacos plásticos na geladeira ou freezer.

QUESTÕES ECOLÓGICAS

É importante ressaltar que a utilização da guavira nos moldes tradicionais não pode ser considerada como uma atividade sustentável. Afinal, os frutos são colhidos pelas pessoas em grandes quantidades e não há preocupação em replantar as sementes, além do grande volume consumido pelo gado. Conseqüentemente, há risco de que em médio prazo os estoques naturais deste fruto se esgotem, caso não sejam desenvolvidos trabalhos de conscientização e replantio de mudas. A limpeza de áreas de pastagem também elimina os guavirais.
Dentro deste conceito, a realização de eventos como o “Festival da Guavira”, que acontece todo ano em Bonito-MS, pode vir a ser um importante passo na recuperação dos guavirais, além do evidente resgate cultural proposto pela programação.

CURIOSIDADES

Diz-se que “em época de guavira dá muita cobra”. Provavelmente isto ocorre pelo fato de diversas espécies de aves procurarem os frutos, atraindo assim as cobras que se alimentam de pássaros. Outra lenda – não confirmada – seria que isto serve como um argumento para evitar que as mulheres cultivem o hábito de sair ao mato para colher os frutos, pois “mulher é que vai pro Cerrado catar guavira” .
A guavira pode ser também considerada afrodisíaca. Não, não se trata de mais uma daquelas invenções para vender produtos... Neste caso, é porque o povo diz que quando os casais combinam de “ir pro mato catar guavira”, nove meses depois os índices de natalidade aumentam um pouquinho...

as árvores de guavira florescem principalmente nos meses de setembro e novembro e frutificam nos meses de novembro e dezenbro.

receita de geleia de guavira

Geléia de gabiroba (guavira)

Ingredientes:

05 litros de guaviras lavadas e escorridas
açúcar a gosto

Preparo:

Esprema as guaviras e passe pela peneira, use a mesma medida de açúcar, leve tud ao fogo e mexa com uma colher de pau até tomar ponto de geléia.
Deixe esfriar e coloque em vidros esterelizados.

Obs.: Pode ser guardada, sem abrir a embalagem, por mais de um ano.